(42) P A R Á B O L A O V I N H E D O (novo testamento)
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(42) PARÁBOLA O VINHEDO
(NOVO TESTAMENTO)
(ESTÁ ESCRITO NA BÍBLIA)
A canção da vinha
(1) Cantarei para o meu amigo o seu cântico a respeito de sua vinha: Meu amigo tinha uma vinha na encosta de uma fértil colina.
(2) Ele cavou a terra, tirou as pedras e plantou as melhores videiras. Construiu uma torre de sentinela e também fez um tanque de prensar uvas. Ele esperava que desse uvas boas, mas só deu uvas azedas.
(3) "Agora, habitantes de Jerusalém e homens de Judá, julguem entre mim e a minha vinha.
(4) Que mais se poderia fazer por ela que eu não tenha feito? Então, por que só produziu uvas azedas quando eu esperava uvas boas?
(5) Pois eu digo a vocês o que vou fazer com a minha vinha: Derrubarei a sua cerca para que ela seja transformada em pasto; derrubarei o seu muro para que seja pisoteada.
(6) Farei dela um terreno baldio; não será podada nem capinada; espinheiros e ervas daninhas crescerão nela. Também ordenarei às nuvens que não derramem chuva sobre ela."
(7) Pois bem, a vinha do Senhor dos Exércitos é a nação de Israel, e os homens de Judá são a plantação que ele amava. Ele esperava justiça, mas houve derramamento de sangue; esperava retidão, mas ouviu gritos de aflição.
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O Vinhateiro
O proprietário, o plantador e o administrador de uma vinha são todos usados em diversas passagens como descritivos de Deus, e especialmente relacionados a Israel, que é comparada à Sua vinha ou vinhedo. No Salmo 80, o salmista Asafe lamenta a situação trágica de Israel. Ele começa se referindo a Deus como "Pastor de Israel", e fala da vinha destruída, que tinha desfrutado de tanto favor e privilégio devido à iniciativa soberana de Deus, mas que agora o "javali da selva" havia devastado e "as feras do campo" devorado. Repetidamente ele implora, "Faze-nos voltar, ó Deus dos exércitos, e faze resplandecer o teu rosto e seremos salvos".
Embora o salmista não elabora sobre as falhas de Israel, como a causa deste triste estado da vinha, isto fica claro quando olhamos para outras passagens.
Isaías 5:1-7 nos apresenta o cântico da vinha. Uma explicação clara é dada no v. 7: "Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel". O problema está inerente na própria vinha. Jeremias 2:21 nos deixa ouvir Deus suplicando com Israel e perguntando: "Como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada como vide estranha?" Os relacionamentos bondosos de Deus com Israel tinham dado a ela todas as oportunidades possíveis de ser frutífera e agradável a Ele. "Julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha. Que mais se podia fazer a minha vinha, que eu não lhe tenha feito?" (Is 5:3-4). O resultado execrável não é culpa de Deus. Como sempre, é a natureza caída do homem que leva à ruína, apesar da provisão bondosa de Deus.
"O Senhor da vinha" é um título de Deus o Pai, usado pelo Senhor Jesus Cristo na Sua parábola da vinha em Mateus 21:33-41. Aqui são os lavradores a quem a vinha foi arrendada durante a ausência do Senhor da vinha que são o foco da repreensão e do futuro castigo do Senhor.
O Fazendeiro Agrícola
O fazendeiro, que na colheita do milho e trigo colhe os seus feixes, é usado como figura do Senhor como o futuro libertador de Israel. A destruição das nações inimigas de Israel é comparada com a eira, e o remanescente de Israel, os que fazem a debulha, são descritos como uma nova trilha com dentes (uma debulhadora de algum tipo) e também como o gado da eira. Depois de debulhar vem o assoprar, e aqui também Deus, como o fazendeiro supervisor, vê Israel abanando os grãos para eliminar a palha (das nações) que é levada pelo vento do juízo de Deus. É interessante ver que João Batista usa esta figura para descrever a atividade do juízo futuro do Senhor Jesus às multidões curiosas em Lucas 3:17.
O Fazendeiro Pecuarista
O cuidado diligente do fazendeiro com o seu gado é usado como uma figura do cuidado diligente de Deus com Israel, com o triste contraste que enquanto os animais domésticos conhecem o seu dono, Israel não tinha este entendimento básico (Is 1:3-4). Esta figura é ampliada por Oséias (Os 4:16; 10:11) quando ele se refere ao fazendeiro usando gado para debulhar e cultivar campos, falando de Israel como sendo "a novilha obstinada" de Deus, e de Efraim como a novilha que fora ensinada a debulhar o trigo, e Judá sendo obrigada a puxar o arado, e Jacó os torrões. Todo este uso útil do poder dos animais na fazenda exige que os animais saibam como se comportar sob o jugo. Isto exige disciplina, e o fazendeiro precisa treinar o animal de acordo. Aqui também Deus é mencionado como fazendeiro, castigando um novilho desobediente (Efraim) que está sendo domado para usar o jugo e ser útil na fazenda (Jr 31:18).
Nos dias de nossos bisavós, estes conceitos eram a rotina diária da vida no campo. Fazemos bem em meditar neles como ilustrando o cuidado bondoso de Deus para com o Seu povo, e sua Soberania inquestionável em escolher como Ele delega cada um no Seu serviço. O Senhor Jesus usa esta linguagem figurada em Mateus 11:29-30: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim ... porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
Metáforas militares
O mundo antigo viu muitos conflitos. Desde o início da história de Israel eles estavam cercados de inimigos poderosos, e as guerras eram frequentes. Tanto Moisés como Davi conheciam a linha de frente de batalhas militares, e os outros escritores do Velho Testamento estariam bem familiarizados com o serviço militar. Os bons reis reconheciam que qualquer sucesso militar alcançado por eles era realmente obra de Deus. Portanto, é fácil entender o uso de figuras de linguagem militar aplicadas a Deus como o verdadeiro responsável pela proteção nacional e pessoal, além do esforço da infantaria israelense.
Homem de Guerra
"O Senhor é homem de guerra; o Senhor é o seu nome" (Êx 15:3). Estas descrições proféticas de Deus como guerreiro se referem especialmente à intervenção futura de Deus como libertador do Seu povo Israel, isto é, no final da Grande Tribulação. Isto naturalmente se liga com o título divino "Senhor dos Exércitos". Como guerreiro, temos a menção do arsenal de Deus (Jr 50:25), "os instrumentos da sua indignação" (Is 13:5), e temos referência ao "machado de batalha e minhas armas de guerra" (Jr 51:20). Isto é especialmente notável em relação à Babilônia, que usava a clava e o machado de batalha como componentes chave da sua técnica de batalha. Estas armas eram usadas para incapacitar o inimigo, quebrando os seus ossos. Por isso, a referência a "despedaçar" (Jr 51:20).
O Poderoso (soldado da infantaria)
"O Senhor sairá como poderoso, como homem de guerra despertará o zelo" (Is 42:13). Sua intervenção como o guerreiro vem depois de um longo tempo de espera (isto é uma referência a este presente dia de graça). O silêncio de Deus é quebrado com um grito: "Darei gritos como a que está de parto" (Is 42:14). Esta justaposição de símiles é marcante. Em uma só frase temos o guerreiro pronto para o combate e uma mulher em trabalho de parto (veja também o paragrafo posterior sobre "linguagem feminina"), que fala da compaixão de Deus com o remanescente que está sofrendo e Sua justa "campanha de vingança" em favor de Israel no final da Grande Tribulação. Este grande e terrível dia do Senhor será caracterizado por uma campanha complexa de batalhas, da qual o longo dia de Josué, com todas as suas batalhas, é um tipo; veja Josué cap. 10.
O grande Comandante
"O Senhor dos Exércitos passa em revista o exército de guerra" (Is 13:4); também como uma guerrilha fazendo uma armadilha para pegar o inimigo: "Laços te armei, e também foste presa, ó Babilônia, e tu não soubeste; foste achada, e também apanhada; porque contra o Senhor te entremeteste" (Jr 50:24).
Instrutor Militar
Davi escreveu: "Bendito seja o Senhor, minha rocha, que ensina as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra" (Sl 144:1; veja também Sl 18:34).
Intendente
Aquele que fornece as armas e a armadura: "Também me deste o escudo da tua salvação" (Sl 18:35). Compare também "toda a armadura de Deus" dada hoje ao cristão no conflito contra o Diabo.
Arqueiro
"Envia as tuas flechas, e desbarata-os" (Sl 144:6).