PORTO REAL
UMA CIDADE SEMPRE EM CRESCIMENTO
PORTO REAL
MUNICIPIO DE PORTO REAL
Bandeira - Brasão - Hino
Fundação: 5 de novembro de 1995 (21 anos)
Gentílico: porto realense
Prefeito(a) Jorge Serfiotis (PMDB) (2017 - 2020)
Localização: Localização de Porto Real no Rio de Janeiro
PORTO REALUMA CIDADE QUE TEM HISTÓRIA
Localização de Porto Real no Brasil
22° 25' 12" S 44° 17' 24" O
Unidade federativa: Rio de Janeiro
Mesorregião: Sul Fluminense IBGE/2008[1]
Microrregião: Vale do Paraíba Fluminense IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes: Barra Mansa, Quatis e Resende
Distância até a capital: 123 km
Características geográficas Área: 50,587 km² [2]
População: 18 552 hab. Censo IBGE/2016[3]
Densidade: 366,73 hab./km²
Altitude: 385 m
Clima: Tropical de Altitude Cwa
Fuso horário: UTC−3
Indicadores: IDH-M 0,743 (58º) - altoPNUD/2000[4]
PIB: R$ 3 232 358,753 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita: R$ 203 561,86 IBGE/2008[5]
Porto Real é um município brasileiro do Estado do Rio de Janeiro.Localiza-se a uma latitude 22º25'11" sul e a uma longitude 44º17'25" oeste, estando a uma altitude de 385 metros. A população recenseada em 2016 foi de 18.552 habitantes. Emancipou-se em 1995 de Resende. Ocupa uma área de 50,781 km².É reconhecida como a primeira colônia italiana no Brasil.
P O R T O R E A L
H I S T Ó R I A
A história da cidade de Porto Real começa com uma referência uma político-administrativa que pertencia a Resende e foi distrito dela até 1995, quando obteve a sua emancipação em vilarejo denominado "Minhocal", cujas terras foram adquiridas por José de Souza Marques em 1800.
Com a morte deste, os herdeiros entraram em pé de guerra pelas linhas que dividiam as terras. A disputa foi tamanha que até foi solicitada a interferência do Rei, que decidiu pelo ganho de causa aos herdeiros. Em agradecimento, os herdeiros concederam ao rei uma grande porção de terra que virou um desembarcadouro as margens do Paraíba do Sul. A este deu-se o nome de PORTO REAL.
Porto Real foi utilizada como ponto de parada e descanso durante as viagens de Pedro II "O Magnânimo", tendo a disposição na área um balneário e uma casa para seu uso.
Na década de 1870, Porto Real tinha ares de povoado com influência de natureza suíça e francesa.
Dom Pedro II, vendo o crescimento e desevolvimento da localidade (que produzia cana-de-açúcar em pequena escala e lavouras baseada na subsistência), criou então a Colônia de Porto Real e para fazer o "bolo" crescer ainda mais pensou em trazer imigrantes italianos para fomentar a plantação de cana.
E aí que entra a Sra. Clementina Tavernari, nativa de Concórdia de Módena, na Itália, que em 1874 foi a Itália, vinda do Brasil, para recrutar 50 famílias de lavradores no norte daquele país a fim de fundar, em Santa Catarina, um núcleo colonizador.
Essa colônia teria o nome da Imperatriz Tereza Cristina. Seria o primeiro experimento de colonização italiana no Brasil.
Depois de inscritas as famílias para a viagem ao Brasil, o entrave era conseguir que algum órgão assumisse a responsabilidade em pagar - se fosse o caso - as despesas dessas famílias de regresso à pátria. Quem se responsabilizou - finalmente - já que a viagem estava se atrasando por essa razão - foi o Dr. Sterlih, um deputado italiano. Dessa forma foram concedidos os passaportes à famílias de Módena, Mântova, Ferrara, Parma e Reggio.
Embarcaram no navio "Anna Pizzono", dia 22 de Dezembro de 1874, que havia sido um navio da marinha mercante americana, do qual tiraram as máquinas, transformando-o num navio com 4 velas. Dessa forma o navio dependia de ventos o que, por vezes, alongou a viagem. O relato do Sr. Enrico Secchi cobre toda a viagem, os enjoos de praticamente todos os passageiros, tempestades no mar, brincadeiras de batismo de passagem da linha do Equador, sobre as quais todos tinham as mais estranhas ideias, e infelizmente - algumas doenças a bordo que resultaram - poucas - em mortes.
Chegaram na cidade do Rio de Janeiro dia 16 de Fevereiro de 1875. Grassava a febre amarela no Brasil, e por essa razão os imigrantes ficaram na hospedaria de onde embarcaram no dia 19, de trem, diretamente para Porto Real, de onde seguiriam para Santa Catarina. O Sr. Secchi se tornaria professor primário para os filhos dos colonos italianos, os quais foram acomodados em vários quartinhos erguidos à beira de um grande pátio. Receberam alimentos para sua sobrevivência e um pequeno salário durante 3 meses. Tinham um médico para atendê-los, que era o médico do pessoal da ferrovia de Barra do Piraí.
Ele conta que encontraram assentadas uma grande família suíça, duas famílias portuguesas das ilhas, uma espanhola e uma alemã. A senhora Malvazi (Nome que a Sra. Clementina adquiriu depois do divórcio com o Sr. Tavernari) ia e vinha do Rio de Janeiro afim de resolver o entrave burocrático da vinda dos colonos tratando com a Imperatriz sobre a transferência para Santa Catarina, o que o governo acabou por vetar devido a incidência daquela febre, a qual, acabou por vitimar aquela senhora.
Os colonos logo procuraram o Sr. Sechi dizendo que preferiam ficar em Porto Real e não ir mais para Santa Catarina. Argumentaram sobre as boas condições climáticas, o fato de ser perto da estação ferroviária e as boas relações com os outros colonos.
O Ministro da Agricultura e a Imperatriz foram consultados e logo mandaram engenheiros para subdividir em lotes de 10 hectares as melhores terras ainda não desmatadas. Os colonos começaram a trabalhar em seus lotes plantando cana de açúcar, à espera de que o governo ou uma empresa privada montasse um engenho para a produção de açúcar.
Os engenheiros vieram do Rio para implantar engenho para a destilação do aguardente, quase no momento de perder a colheita por falta de local para seu processamento. Felizmente, em 1874 se criou o Engenho Central de Porto Real, para receber os colonos italianos, que ali decidiram permanecer e trabalhar.
O então senhor do Engenho Central de Porto Real era o comendador Elói da Câmara, que, no ano de 1895, o alienou a Edward Pellew Wilson Junior, 1º Conde de Wilson, que revolucionou o Engenho Central, mandando vir da Inglaterra máquinas de tecnologia avançada, para beneficiar a cana-de-açúcar da região.
O Engenho Central de Porto Real se situava numa propriedade, que compreendia cinco fazendas de tamanho médio. Foi no Engenho Central que o 1º Conde de Wilson (decreto de 8 de outubro de 1891, Dom Carlos I de Portugal), o cidadão brasileiro, súdito britânico e titular português contraiu uma doença, que veio a vitimá-lo a 24 de setembro de 1899.
Sucedeu como senhor do Engenho Central de Porto Real o comendador Eduardo Pellew Wilson (1858-1924), que, logo mandou construir uma estrada de ferro em suas terras de Porto Real, para que a produção beneficiada fosse transportada para o Porto do Rio de Janeiro.
A dita estrada de ferro existe até os nossos dias, assim como as duas locomotivas, hoje fora de uso, batizadas uma com o nome de Bissica, em homenagem à segunda esposa do comendador Eduardo Pellewj Wilson, D. Georgeanna de Sá Wilson (1866-1935), que era comendadeira da Igreja de Quatis, ao lado de Porto Real; a segunda locomotiva foi batizada de Belinha em homenagem à D. Isabel Ferreira, esposa de Silvio Betim Paes Leme, neto materno dos 1os. Condes de Wilson e neto paterno dos Marqueses de São João Marcos, na nobreza brasileira.
Em 1916, o Engenho Central de Porto Real foi tornado uma sociedade de ações, cuja maioria absoluta (50% = 1%) pertencia aos então senhores do Engenho Central de Porto Real, o comendador Eduardo Pellew Wilson e sua esposa, D. Georgeana de Sá Wilson. Nesta data, passou a denominar-se o dito Engenho Engenho Central Conde de Wilson, que foi alienado em 1927 ao comendador Morganti Cordella, numa conjuntura de crise do capitalismo mundial, que afetou a economia brasileira desde 1925, até culminar com a Quebra da Bolsa de Valores de 1929.
Posteriormente à propriedade do comendador Morganti Cordella, pertenceu o Engenho Central Conde de Wilson a França Junior, neto do criado da afamada Confeitaria Colombo, que mandou construir uma sede ao estilo das fazendas sulinas dos Estados Unidos.
A casa grande do então Engenho Central Conde de Wilson, composta de dois grandes blocos retangulares, o primeiro com escadaria dupla central, no qual servia de parte social, e o segundo, perpendicular ao primeiro e a este ligado na sua parte central, servindo degrande copa, cozinha e aposentos da criadagem.
Saía-se de lancha ao pé da sede do engenho, para navegar pelo rio Paraíba. A capela do Engenho, por despacho de Sua Santidade o Papa, sob o senhorio do comendador Eduardo Pellew Wilson (1858-1934) era aberta à comunidade de colonos, que ali assistiam à missa, junto com os senhores do Engenho, que representavam o patriarcado local, num convívio de paz e de amizade mútuas, que D. Georgeanna bem soube construir, o que era próprio das grandes senhoras da época.
Os Wilson bem souberam reunir em Porto Real a boa sociedade do Rio de Janeiro, aparentados que eram com todos.
Porto Real, por ser próxima da capital era visitada por ministros e por embaixadores estrangeiros. Dom Pedro II, quando da sua visita, foi recebido com grande festa pelos colonos.
O contato entre os colonos e o Imperador foi bem próximo a ponto deste questioná-los se estavam satisfeitos e sendo bem tratados.
Nessa época foi formada uma companhia no Rio de Janeiro com o nome de "Paile Fine & Companhia" para a exploração de mandioca e batata-doce da qual tiravam um conhaque que estava bem cotado no comércio.
Porém não havia grandes plantações, em Porto Real, desses produtos, tendo por outro lado grandes canaviais, aumentou-se então a construção que estava à margem direita do rio Paraíba do Sul, transformando-a para produção de açúcar, com o nome de Engenho Central de Porto Real.
P O R T O R E A L
História Pós 2ª Guerra Mundial
Em 1946, houve em Porto Real o ínico da construção de um viaduto chamado Bulhões uma ponte em arco que cruzava a estrada Bulhões-Resende e chamou-se Viaduto Bulhões por homenagem ao múnicipio que teve esse nome até 5 de novembro de 1995.
Em 1951, Porto Real recebeu a inauguração do Viaduto Bulhões em 19 de janeiro de 1951.
E os homenagiados na inaguração foi o Eurico Gaspar Dutra e o prefeito do múnicipio.
Por conta de uma reforma na ponte que estava com a estrutura comprometida, a "Ponte dos arcos" como era chamada foi implodida no dia 7 de Fevereiro de 2010.
O trabalho foi de responsabilidade da NovaDutra e contou com o apoio da Defesa Civil, Polícia militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e da Guarda Municipal de Porto Real.
P O R T O R E A LE C O N O M I A
Em fevereiro de 2001 foi inaugurada em Porto Real a primeira fábrica nacional da montadora PSA Peugeot Citroën.
Com capacidade para produzir até 100 mil veículos por ano e gerando mais de 2.500 empregos na região, o parque industrial montado em Porto Real, envolveu um investimento de aproximadamente um bilhão de dólares.
Em pouco tempo a região se tornou um importante polo automotivo.
Foi anunciada para o ano de 2007 a implantação do terceiro turno na linha de montagem.
Em decorrência, o quadro de colaboradores diretos cresceu 28%, somando um total de 3.170 funcionários. A meta desejada é a produção de 27 unidades/hora, em função de melhorias nos métodos de manufatura e investimento na capacitação e treinamento dos funcionários.
Possui uma agência dos Correios (AC Porto Real) e uma agência dos correios comunitária (AGC Bulhões)
Agências bancárias: Banco do Brasil, ABN Real, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander.
Principais indústrias: Coca-Cola (Coca-Cola Femsa), PSA Peugeot Citroën, Guardian do Brasil, Galvasud, Faurencia, MAN Latin America.
P O R T O R E A L
I N F R A E S T R U T U R A
Segurança e criminalidade
Polícia Militar
O policiamento ostensivo da cidade está a cargo da 3ª Companhia do 37º Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (37º BPM/3ªCia), que ainda faz a guarda do fórum municipal, e controla, também, o destacamento da cidade de Quatis, além de um Posto de Policiamento Móvel (trailler) no Distrito de Falcão, também neste município, à beira da RJ-159, próximo à divisa com o município mineiro de Passa Vinte.
Corpo de Bombeiros
Ações de salvamento e combate a incêndios e sinistros no município ficam por conta do 23º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro(23º GBM), cujo quartel fica na cidade de Resende.
Polícia Civil
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro mantém no município a 100ª Delegacia Policial (100ª DP), subordinada à 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (9ª CRPI), funcionando no Centro do município.
Guarda e Defesa Civil Municipais
A prefeitura também possui uma equipe de defesa civil, para monitoramento e auxílio da população em caso de desastres naturais, bem como mantém uma Guarda Municipal, responsável pela vigia do patrimônio público e organização do trânsito na cidade.
P O R T O R E A LPONTOS TURÍSTICOS
ANTIGA USINA AÇUCAREIRA
Para beneficiar a cana-de-açúcar produzida no município, foi criada a Açucareira Porto Real.
Primeira indústria local, produzia açúcar cristal, açúcar refinado, álcool e a cachaça Manda Brasa, transformando-se mais tarde na Companhia Fluminense de Refrigerantes.
Ainda hoje, preserva suas características originais e tornou-se um cartão postal da cidade.
CASA DO IMIGRANTE
A Casa do Imigrante conta a história dos imigrantes italianos de Porto Real através de um rico acervo formado por fotos, objetos, documentos e recortes de jornais que foram doados por suas famílias com a finalidade de promover o resgate da cultura italiana no município.
A Casa do Imigrante está localizada no interior do Horto Municipal.
Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 08h às 12h e das 13h às 16h.
Tel.: (24) 3353-1221
FONTE D'ÁGUA E PONTE D. PEDRO
A Fonte D'água e a Ponte sobre o córrego foi o que restou das instalações da Fazenda D. Pedro II, que contava ainda com um pequeno balneário.
No local havia duas casas, um lindo bosque e um balneário que era utilizado pela Família Real quando em passagem por Porto Real.
HORTO MUNICIPAL PIMENTEL
HORTO MUNICIPAL PIMENTEL
Construído numa área de aproximadamente 10 mil m², o Horto Municipal é uma belíssima área de lazer que conta com pista para caminhada em meio a árvores de diversas espécies, parquinho para a diversão dos pequenos, teatro de arena, bancos e mesas ao ar livre para a prática de jogos como dama, xadrez e dominó, sala de eventos para a realização de atividades culturais, fontes luminosas e Quiosque do Sabor.
Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 06h às 22h.
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DAS DORES
Uma bela construção datada de 1910, a igreja em estilo neoclássico foi edificada no centro da colônia para abrigar a imagem de N. Sra. Das Dores - Madonna Addolarata que os primeiros imigrantes trouxeram da Itália em 1874.
Na parte externa existe uma cancha para a prática da boccia, um jogo de origem italiana, ainda muito praticado pelos descendentes.
Horário de funcionamento:
de segunda a sexta-feira, das 08h às 11h. Sábado, das 12h30 às 16h Domingo, às 19h30 - Santa Missa.
Tel: (24) 3353-4173.
PONTE DE FERRO
Construída em 1916, sobre o Rio Paraíba do Sul, faz a ligação entre Quatis e Porto Real e visava o transporte de mercadorias e a passagem de tropas que passavam pela região naquela época.
Sua estrutura foi importada da Inglaterra.
PRAÇA VITTORIO EMANUELE
Localizada em frente à Igreja da Matriz, a praça é uma homenagem dos colonos ao Rei Vittorio Emanuele II.
Porém, na 2ª Guerra Mundial, o busto do rei foi acusado de conspiração contra os aliados, sendo retirado pelo Chefe da Polícia de Resende e nunca mais foi visto, causando grande tristeza entre os colonos que muito honravam o rei de seu país.
Atualmente, existe um busto de Enrico Secchi que organizou a viagem dos imigrantes e os auxiliou durante os primeiros anos da Colônia.
RIO PARAIBA DO SUL
O mais importante rio do Estado do Rio de Janeiro, o Rio Paraíba do Sul circunda cerca de 2/3 do município de Porto Real.
No passado, foi utilizado para o transporte da cana-de-açúcar para abastecer o Engenho Central.
Servia também para o transporte de passageiros com destaque para D. Pedro II, que, quando visitava o lugarejo, desembarcava em um pequeno porto às margens do rio, inspirando o nome da cidade - Porto Real.
Suas águas calmas formam um lindo espelho que encanta admiradores da natureza.
SANTA CRUZ
O Sr. Altair Marassi, descendente de italianos e antigo morador do município, foi administrador do Cemitério de Porto Real.
Ele conta que faleceram dois bebês gêmeos descendentes de escravos que, por esse motivo, não puderam ser enterrados no cemitério, sendo sepultados no local onde está construída a Santa Cruz.